segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Um blog de Teologia que aborda todos os assuntos!

HOMOSSEXUALISMO à LUZ de Rm 1:26-27

Por Gilson Medeiros da Silva
(Escritor do Site http://www.jesusvoltara.com.br)

Desde os primórdios da humanidade, as sociedades convivem com os mais variados tipos de comportamentos sexuais. O relato bíblico da Criação em Gn 1 e 2 mostra que Deus formou o homem e a mulher para viverem em comunhão íntima, tornado-se “uma só carne”. Porém o pecado infiltrou-se nos relacionamentos sexuais entre os seres humanos de tal forma que hoje a sociedade convive com uma variação enorme de perversões sexuais, tais como: narcisismo, homossexualismo, masturbação, sadismo, masoquismo, exibicionismo, pedofilia, gerontofilia, fetichismo, travestismo, incesto, pluralismo, necrofilia, bestialidade, zoofilia, voyeurismo, sexopatia acústica, renifleurismo, coprofagia, frotterurismo, entre outros.

O presente trabalho não vai entrar nos detalhes das diversas anomalias sexuais, limitando-se apenas ao estudo do homossexualismo, pois este é o tema tratado pelo apóstolo Paulo em Rm 1:26 e 27. O artigo será dividido nas seguintes seções: Estudo da referência paulina em Romanos; conceito e causas da homossexualidade; os motivos pelos quais Deus condena este comportamento sexual; terapia para a regeneração daqueles que apresentam este desvio da sua sexualidade. Ao final, será apresentado um resumo do trabalho e as conclusões encontradas.
Comentário Sobre Rm 1:26-27
Encontra-se a declaração de Paulo nas seguintes palavras:
"Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames; porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza; semelhantemente, os homens também, deixando o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida punição do seu erro." Romanos 1:26-27

Há um consenso geral de que Paulo referia-se aqui à prática do lesbianismo e do homossexualismo masculino. A palavra “natural” (kata physin) em oposição à “contrária à natureza” (para physin) era usada no tempo de Paulo com muita freqüência como uma maneira de estabelecer distinção entre comportamento heterossexual e homossexual. Harrison acrescenta que “Paulo usa linguagem direta, para condenar a perversão do sexo fora do seu justo lugar: dentro do relacionamento conjugal”. Outro teólogo afirma que a contaminação do corpo humano é claramente manifestada no homossexualismo, pois ele é obviamente antinatural, contrário à natureza sexual.
A prática do homossexualismo era comum no mundo pagão, tendo forte presença na sociedade em geral, sendo designado como o “pecado grego”. Paulo escreveu sua epístola aos Romanos na cidade de Corinto, a capital dos vícios gregos, e certamente já vira ali evidências sobre as práticas homossexuais.
Lovelace ainda diz que “contrária à natureza” significa “simplesmente contra a intenção de Deus para o comportamento sexual humano que é explicitamente visível na natureza, na função complementar dos órgãos sexuais e dos temperamentos do macho e da fêmea”.
No verso 27 Paulo emprega o termo arsen 3 vezes, traduzidos na ARA por “homens”. O substantivo arsenokoites (“homossexual masculino”, “pederasta”) é empregado pelo apóstolo como alguém que não herdará a salvação por estar sob a condenação de Deus (1Co 6:9; 1Tm 1:10). Brown ainda acrescenta que aqui a perversão sexual é vista como resultado de (e, até certo ponto, um julgamento sobre) o pecado do homem em adorar a criatura ao invés do criador.

Conceito e Causas da Homossexualidade

Uma vez comprovado que o tema que Paulo abordou em Rm 1:26-27 foi mesmo a homossexualidade, tanto masculina quanto feminina, faz-se necessário um maior aprofundamento sobre o estudo deste comportamento sexual.

O homossexual é considerado uma pessoa com tendência a dirigir o desejo sexual para outra pessoa do mesmo sexo, ou seja, ele (ou ela) sente atração erótico-sexual por parceiro do mesmo sexo. Maranon apresenta uma definição mais completa sobre a homossexualidade nas seguintes palavras:
Por mais classificações que se façam desta anormalidade, a base patogenética é sempre a mesma: uma sexualidade recuada, de polivalência infantil que, por circunstâncias externas, condiciona sob diferentes formas seu objetivo erótico em sentido homossexual.
Baseando-se no relatório de Kinsey, os homossexuais pretendem que sua condição seja considerada “uma espécie de forma alternativa de sexualidade, homóloga e simétrica à heterossexualidade”.

Bergler, porém, vê a homossexualidade como uma espécie de “síndrome neurótica”, caracterizada por alguns estigmas bem definidos, a saber: uma elevada dose de masoquismo psíquico, levando o homossexual a situações de desconfianças e humilhações; medo, ódio, fuga em relação ao sexo oposto; insatisfação constante e insaciabilidade sexual; megalomania; depressão; sentimento patológico de culpa; ciúme irracional; e inadmissibilidade psicopática.
As pesquisas com relação às causas da homossexualidade ainda não são consideradas de todo consistentes; porém, elas podem ajudar na orientação de uma profilaxia social com relação ao homossexualismo. Gius afirma que “não se verificam quadros de aberração cromossômica ligados primitivamente à homossexualidade”, o que descarta sua origem genética, pois “em todos os casos de homossexualidade masculina examinados, o sexo genético correspondia ao sexo fenotípico (respectivo) e faltavam sinais de qualquer alteração cromossômica verdadeira”.
Mesmo os defensores da origem genética da homossexualidade admitem que a eventual “predisposição inata” só se transforma em efetivo desejo homossexual por força de fatores desencadeadores de natureza psicossocial, dentre os quais: obsessiva ligação com uma mãe autoritária ou possessiva; falta de uma figura paterna significativa como modelo de identificação; experiências de iniciação na infância ou adolescência; e fixação ou regressão da personalidade a níveis auto-eróticos, com supervalorização do falo (órgão sexual masculino).
O homossexual é um homem ressentido por acreditar que não tem o corpo que sua mente mereceria. Freud também considerava que o meio onde as crianças se desenvolvem é fator determinante de sua sexualidade.

Snoek divide estes fatores determinantes em três categorias:

1. Fisiológicos - Nenhuma das teorias (genética, hormonal, morfológica) foi comprovada;
2. Familiares - Uma mãe dominante, juntamente com um pai apagado; uma supermãe, tão envolvente que para o filho só existe uma mulher, que é ela; a mãe frustrada no seu relacionamento com o marido, incutindo na cabeça das filhas que homem nenhum tem valor; um superpai que exige uma virilidade impossível de ser alcançada pelo filho; os pais desejam um menino, mas nasce uma menina;
3. Sociais – O unissexismo, que ocorre na forma do segregacionismo ou do igualitarismo; o anarquismo; e a sedução por adultos.
Por Que Deus Condena o Homossexualismo?
Deus abençoou o homem e a mulher e lhes deu o mandamento de serem fecundos e multiplicarem-se (Gn 1:28). O casamento é a “união de duas pessoas que originalmente foram uma, depois foram separadas uma da outra, e agora no encontro sexual do casamento se uniram novamente”. Lovelace acrescenta dizendo que “não é por acidente que toda forma de expressão sexual fora da aliança do casamento seja explícita ou implicitamente condenada no restante das Escrituras”.
A sociedade atual está cada vez mais perdendo de vista o princípio que Deus definiu para a união sexual entre os seres humanos: um homem e uma mulher, unidos pelo compromisso eterno do matrimônio. Em virtude deste crescente desvio do padrão idealizado por Deus no princípio, é que têm surgido todas estas anomalias sexuais descritas até aqui. Hoje já se convive até mesmo com o “casamento” entre homossexuais e a adoção de filhos por estes “casais”.
O propósito de Deus é que o homem junte-se com a mulher e os dois formem “uma só carne” (Gn 2:24), constituindo-se numa família heterossexual, na qual os filhos poderão ser educados em meio a um ambiente sadio e livre de preconceitos.
Este ideal está totalmente corrompido na sociedade moderna, e as relações sexuais passaram a ser apenas um meio de obter prazer a qualquer custo, sem atentar para as orientações dadas por Deus no passado, e para os perigos de não seguir estas orientações. A atual sociedade já aprendeu a conviver pacificamente com o outrora chamado “pecado grego”, vendo os homossexuais como apenas “um pouco diferentes”.
Deus condena o homossexualismo porque ele é totalmente contrário ao propósito original das relações sexuais: procriação e/ou prazer. Segundo Boice, apenas em se olhar para a anatomia dos órgãos sexuais do homem e da mulher já deveria haver argumento suficiente para convencer de que as práticas homossexuais não são normais. Tanto o Judaísmo quanto o Cristianismo sempre reconheceram esse fato, defendendo que o homossexual está sob a condenação de Deus.
Cura Para o Homossexual
Após verificar que o homossexualismo está arraigado fortemente na sociedade hodierna, faz-se necessário apresentar ao portador desta anomalia sexual um meio de regeneração e retorno ao ideal divino. A terapia de aconselhamento para o homossexual consiste em “escutar a quem pede ajuda, a fim de facilitar-lhe a decifração, por ele mesmo, de seu próprio discurso... levando a uma convivência mais saudável consigo mesmo e, em vários casos, chega-se à heterossexualidade”.
Talvez o maior problema a princípio seja romper as barreiras da solidão e da incomunicabilidade que a sociedade erige em relação aos homossexuais. Gatti defende que o ponto de partida deve ser a total aceitação do homossexual como pessoa, a plena compreensão de seu drama, e a mais leal solidariedade a seus sofrimentos e a seus problemas. Para o auxílio pastoral ao homossexual são sugeridos os seguintes passos:

1. Reconhecimento e confissão de que sua atitude e conduta são errados;

2. Ele deve admitir e reconhecer seu problema;
3. Deve confessar o pecado a Deus e a um conselheiro espiritual, e depois deve pedir a Deus que o purifique e perdoe;
4. O homossexual que busca a cura deve pedir a Deus que lhe dê um espírito de arrependimento;
5. Pode-se considerar a possibilidade de uma libertação de demônios;
6. O conselheiro deve repetir a promessa de que o indivíduo poderá mudar;
7. O homossexual deve concordar em submeter-se a um plano de disciplina que Deus possa usar para concretizar a mudança desejada;
8. Entre o homossexual e o conselheiro deve haver sinceridade absoluta;
9. O homossexual deve começar a participar de uma comunidade cristã compreensiva;
10. O conselheiro deve ser paciente.
Para o homossexual, como para qualquer outro homem, no fim é apenas a graça do Espírito Santo com seus misteriosos dinamismos que é capaz de tornar a cura do homossexual possível. Acima de todos os meios educativos e terapêuticos, é sempre na graça de Deus que o homem pecador deve confiar.
O Dr. José Maria concorda com o pensamento de que a igreja deve ser o conduto para a ajuda aos homossexuais que desejarem um retorno aos desejos sexuais naturais de cada ser humano. Ele afirma que “a igreja será o último reduto para a consolidação dos conceitos familiares” nos próximos anos.

Resumo e Conclusão

O homossexualismo está presente na história humana desde o seu princípio. Biblicamente, encontra-se referências à homossexualidade já no relato de Sodoma e Gomorra (Gn 19:4-5), de onde advém o termo “sodomia” como referência à homossexualidade e outras anomalias do gênero; bem como no período dos Juízes (Jz 19:22). Moisés também fez referências a esta prática sexual entre o povo de Israel (Lv 18:22; 20:13), condenando-a e considerando-a abominável aos olhos de Deus, punível mesmo com a morte.
No Novo Testamento, a referência clássica à homossexualidade, tanto feminina quanto masculina, encontra-se na epístola de Paulo aos Romanos (Rm 1:26 e 27). Porém, o apóstolo também faz outras referências à condenação divina sobre esta prática (1Co 6:9-10; 1Tm 1:9-11).
O presente trabalho analisou o texto de Romanos, observando a quase unanimidade entre os teólogos e comentadores de que Paulo realmente referia-se na passagem em estudo ao homossexualismo. Porém, é crescente o grupo de eruditos que não aceitam esta interpretação usual, e tentam reinterpretar as declarações paulinas, aplicando-as aos dias atuais, onde a homossexualidade tornou-se já parte comum do cotidiano das grandes cidades.
Através dos estudos e pesquisas científicas consultadas, verifica-se que é reduzida a probabilidade de que as tendências homossexuais sejam o resultado de uma “deformação genética” ou algum caractere hereditário. Ao contrário, é grande o número de estudiosos da psicologia humana que acreditam que este comportamento sexual advém de fatores psicossociais vividos na infância (até os 5 anos de idade, principalmente), e que acarretam traumas e complexos que podem levar o indivíduo a desenvolver o homossexualismo durante sua vida.
Apesar de Deus condenar este comportamento anômalo, em virtude de desvirtuar-se do Seu propósito para o relacionamento sexual e matrimonial, Ele concede ao homossexual desejoso de regenerar-se uma opção de cura, que está disponível através de Sua infinita graça e misericórdia pelas mazelas que atingem a humanidade.
Como representantes de Deus e instrumentos Seus para distribuição de Sua graça ao mundo pecador, os cristão não devem olhar o homossexualismo como uma doença típica de pessoas “despudoradas”; mas devem encarar o problema com o mesmo amor fraternal e solidariedade que Jesus demonstrou em Seu convívio com o ser humano. Resta ao cristão ouvir e atentar ao conselho do próprio apóstolo Paulo: “Tudo posso, nAquele que me fortalece” (Fp 4:13).

(Fonte:  http://www.jesusvoltara.com.br/atuais/homossexualismo.htm)

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Reflexão do Rev. Eraldo Gueiros sobre Mateus 25:40

 “Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizeste a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes”  Mt.25:40  

Por Rev. Eraldo Gueiros
(Pós-graduado em Missões Urbanas e Transculturais. É professor do Cet Recife nas disciplinas de Evangelismo, Discipulado e Missões)

Alguns dias atrás tive uma experiência muito especial. Reencontrei um senhor que o conheci na minha infância, quando passava em frente a minha casa, ainda jovem com seus 30-40 anos. Algumas vezes passava bêbado, outras, apenas sujo com roupa de trabalho. De alguma forma eu sabia que ele morava perto, porque todos os dias ele passava no final da tarde andando, mas nunca troquei nenhuma palavra com ele. Esse era todo o conhecimento que eu tinha dele. Nessa época eu tinha uns 12 anos de idade.
Passado mais de 20 anos, há uns 10 km de distancia do bairro em que nasci, não acreditei quando reencontrei aquele homem, passando em frente a minha casa, com uma aparência bem acabada, e mendigando na rua. De imediato meu coração se entristeceu por ver aquela cena, até parecia que éramos muito íntimos.
O chamei para entrar na minha casa, ele não quis entrar, talvez desconfiado de mim: quem é esse que me aborda na rua e me manda entrar? Então sentamos no chão mesmo da calçada, encostado no muro. Perguntei se estava com fome, e então providenciei um pouco do jantar que Erika já havia preparado, e o servi. Discretamente lhe fiz algumas perguntas de checagem, e tudo confirmava. Era ele de fato.
A conversa foi muito proveitosa. Ele me falou muito de sua família, dos altos e baixos de sua vida, do vício do álcool, e tantas outras coisas. E Deus me deu muitas oportunidades para lhe falar do amor e do plano de Deus para a sua vida.
O Espírito Santo sempre trabalha de uma forma maravilhosa na vida de seus eleitos. Por vezes, vi lágrimas em seus olhos concordando e crendo naquilo que lhe era ministrado. Ele reconheceu muitos de seus erros, da dureza de seu coração na juventude, da conseqüência de tudo aquilo na sua vida, e havia uma profunda esperança raiando em seus olhos, de que ainda havia chances de uma perspectiva melhor em seu final de vida.
Orei por ele, ele orou também! Meu coração se alegrava muito de toda aquela situação. Me comprometi em ajuda-lo em pequenos detalhes em que ele estava precisando. Peguei seu endereço a fim de reencontrá-lo e até monitora-lo a distancia. Sei que ele ainda precisará de ajuda para se firmar. Ele mora num bairro mais distante, mais há uma igreja evangélica bem próximo dele.
Ele não sabe até hoje quem sou nem porque o ajudei. Mas ele sabe o mais importante, que Jesus o ama, e que usa os seus instrumentos para revelar o seu amor as ovelhas perdidas. E ele foi encontrado! Toda honra e glória àquele que ama e salva!
Talvez você se pergunte se tudo isso seria feito se eu não o conhecesse. Ele não foi nem será a ultima pessoa de rua que já abordei.
A pergunta que eu realmente desejo que você faça é: Deus também espera isso de mim? De todos nós! Eu lhe respondo. O que o mundo precisa é que paremos com ele. É que nossa agenda seja controlada pela direção do Espírito Santo. Acredito convictamente que parar na rua com um não crente para evangeliza-lo (diante de uma orientação do Espírito Santo), é mais importante do que ir numa reunião de oração ou de estudo com 20 crentes.
Quantas pessoas em situações menos extremas e difíceis da qual compartilhei, nos rodeiam diariamente. Colegas de trabalho, vizinhos, amigos de escola, que estão enfrentando situações dificílimas, com seus corações sedentos de resposta e de Deus, que clamam silenciosamente por um ombro, por um conselho, por uma atenção. Se queremos ser usados, precisamos parar com aqueles que precisam! Investir tempo na salvação de vidas.
Uma boa semana cheia de oportunidades para você!

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Evento: 8º Congresso Barsileiro de Teologia - Águas de Lindoia/SP





 

O 8º Congresso Brasileiro de Teologia está reunindo grandes nomes, que apresentarão ferramentas indispensáveis para o crescimento de uma igreja saudável. Você como líder não pode faltar!
O Cet Recife recomenda essa programação para todos os seus alunos e professores.
Se você tem interesse de ir, entre em contato com a Agência de Turismo Viaje.com e obtenha as melhores ofertas em passagens e translados (Viaje.Com - www.viajeturismo.com.br; ou por e-mail: eraldo@viajeturismo.com.br; ou por tel. 081.3436.6824 - falar com Tereza.).

Entrevista com Timóteo Carriker sobre Crescimento de Igreja no Campo Missionário

    CRESCIMENTO DE IGREJA NO CAMPO MISSIONÁRIO

Por Timóteo Carriker
(Entrevista de Marta Kerr Carriker - http://http://cuidadointegral.info/?p=95)

 O objetivo de todo trabalho missionário é, em última análise, promover o crescimento da igreja.  Ao entrevistarmos Timóteo Carriker tivemos que explicar que o motivo de abordar este tema era que há uma certa pressão para que os missionários apresentem resultados numéricos, havendo casos de retorno do campo quando os resultados não são considerados satisfatórios.
A partir disso perguntamos:  Como o missionário colabora para o crescimento da igreja?
TIMÓTEO:
Quando Jesus falou sobre o crescimento do Evangelho, ele usou a analogia da agronomia.  O Evangelho é como uma planta, e também a igreja.  Ela deve crescer, sim, e o crescimento inclui fatores quantitativos.  Ao mesmo tempo não é apenas medindo o tamanho da planta que se avalia o desempenho.  Existe a parte qualitativa. Se a planta está cheia de ladrões (galhos novos crescendo por toda parte), a fruta não se desenvolve.  A força da planta vai para os galhos e não para a fruta.  Os ladrões podem ser muitas coisas na vida do missionário, como falsos ensinos, pecado na igreja, etc…  Mas o ladrão brota da planta.  Nem falamos ainda em fatores exteriores, como praga, fungo, etc…  Outro exemplo é a própria fruta.  Às vezes é necessário podar alguns tomates para produzir menos tomates que sejam saudáveis.
A gente não pode terminar a analogia aí.  O que é crítico aqui é que a planta tem que ser comparada a outras plantas.  Um pé de milho não cresce como cenoura.  A cenoura não se desenvolve como abóbora.  Isso sugere o princípio de avaliar por espécies iguais.  E isso ainda nem tocou nos fatores exteriores mencionados na parábola do semeador, como o solo, o sol, as aves.  Não se pode comparar a igreja brasileira com a igreja arábica, por exemplo.  É outra planta.  Compara-se com outra igreja arábica.  Também precisamos considerar o solo específico.  Por exemplo, em que parte da Índia o missionário trabalha?
Finalmente há o missionário, o agrônomo.  O que ele não pode fazer?  Ele pode, sim, cuidar do tomateiro como tomateiro.  Ele não pode cuidar transformar o tomateiro em milho, e nem cuidar dele como se fosse milho.  Tem que cuidar como tomateiro.  Pode esperar que cresça e dê fruto.  Mas não como pé de milho, nem como abóbora!  São princípios básicos e  já conhecidos do crescimento da igreja.
O trabalho do missionário pode e deve ser avaliado, mas dentro dos critérios possíveis.  Se aplicarmos isso à igreja da Arábia Saudita, por exemplo, como avaliar?  É simples:  de acordo com a história e desempenho das igrejas de lá.  Se a taxa média de crescimento tem sido de 1% a cada 100 anos, e o missionário conseguir um membro no período de 100 anos, seu desempenho foi a média.  O que não se pode fazer á comparar o desempenho daquele trabalho com o trabalho em outro contexto.  O perigo é especialmente para as igrejas brasileiras, acostumadas à benção do crescimento da igreja no solo brasileiro.  Isso é benção de Deus!  Graças a Deus, somos, sim, um grande pé de abóbora!

(Timóteo é co-obreiro da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos da América com a Igreja Presbiteriana Independente do Brasil. Desde 1977 organizou e ensinou em diversos programas de formação missionária e de pós-graduação em missiologia. É autor de cinco livros e 60 artigos, organizador de sete volumes e coordenador da tradução de dois livros. Foi o presidente fundador da Associação de Professores de Missões no Brasil, consultor da Associação de Missões Transculturais Brasileiras e diversas outras organizações missionárias e presidente da diretoria da Missão Evangélica Caiuá.)

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Evento: 14ª Consciência Cristã em João Pessoa - PB


Repassamos um evento imperdível, que tem sido um divisor de águas em muitas igrejas e ministérios pastorais, além de trazer muita honra ao Nordeste que têm o privilégio de sediá-lo: 14º Consciência Cristã.
Vale a pena conferir os palestrantes deste ano!
Caso você sinta desafiado a participar deste grande encontro em João Pessoa - PB, recomendo que entre em contato com a Agência de Viagens oficial: Viaje.Com - www.viajeturismo.com.br; ou por e-mail: eraldo@viajeturismo.com.br; ou por tel. 081.3436.6824 - falar com Tereza.
Além de ser uma Agência de coração missionário, será mais seguro e você encontrará as melhores condições.
Não perca essa grande oportunidade, o Cet Recife recomenda!

Reflexão do Prof. Rev. Eraldo Gueiros em Mateus 13:3

(Foto da turma dos Formandos em Teologia - 2011)

“E falou-lhes de muitas coisas por parábolas,
dizendo: Eis que o semeador saiu a semear...”

 Mateus 13:3

Por Rev. Eraldo Gueiros
(Possui especialização em Missões Urbanas e Transculturais. É professor das disciplinas de Evangelismo, Discipulado e Missões do Cet Recife)
 
Já ouvi muitos sermões e estudos acerca da parábola do Semeador. É fato que cada um delas trouxe uma boa contribuição para a melhor compreensão do texto. Lembro que antes de pensar em ir para um seminário, eu já tinha uma idéia simples mais objetiva do texto. Os anos se passaram, mas ela continuou firme: Nossa missão é semear sem olhar a quem e a aonde!
Escuto pessoas dando mais motivos para não evangelizar ali ou acolá do que para evangelizar. Os motivos são variados: Não devemos fazer assim; não devemos buscar aquele ambiente; Não é aquele público alvo; Se fizermos outra igreja será beneficiada; Não estamos preparados para encarar esses desafios; e por ai vai!
Penso que a Parábola deixo claro 3 verdades absolutas:
Primeiro, é que eu não tenho a capacidade de avaliar eficientemente o solo para justificar se é válido ou não semear ali. O Semeador da Parábola não fez distinção dos solos, ele simplesmente saiu para semear e as sementes foram caindo.
Segundo, não foi dado ao Semeador a responsabilidade de frutificar a semente, apenas a de semear. O vento sopra aonde quer, é o próprio Deus que nos surpreende fazendo suas sementes frutificarem aonde ele considera solo fértil.
Terceiro, a parábola não determina a ineficiência da semeadura em solos rochosos ou espinhosos. A Parábola deixa claro que se aonde a semente cair, ela vai de alguma forma frutificar. Ela mostra que alguns solos serão mais difíceis de manter a semeadura, mas a palavra nunca voltará vazia.
Conheço muitas pessoas que tiveram seu primeiro contato com o evangelho quando estavam em solos assim (muito espinhos ou rochosos), de forma que no primeiro momento, a semente demorou para se consolidar, mas com o passar do tempo, com algum sofrimento e muita perseverança, ela finalmente cresceu e frutificou. Aleluia!
Nossa maior preocupação tem de ser a negligência da semeadura e não o solo! Não podemos desviar o foco principal de nossos ministérios, nem sobrecarregar nossa agenda eclesiástica com programações secundárias, que terminam por roubar nosso tempo de semear em vidas que não conhecem o Senhor.
Use melhor o seu tempo, e aonde estiver e diante de quem for, pregue a Palavra!
Que Deus te dê uma excelente semana de evangelização!