quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Reflexão do Pr. Israel Jordão - Professor das Disciplinas de Administração Eclesiástica e Teologia Pastoral

Análise Crítica do Livro: Disciplina na Igreja.

Por Prof. Pr. Israel Jordão
(Formado em Bacharel em Teologia e pos-graduado em Teologia Pastoral pelo Cet Recife, pastor da Igreja Batista Filadelfia em Sucupira, editor do Blog: Enquanto Há Tempo) 

A jurisdição espiritual aplicada sobre a vida dos membros da igreja tem toda sua base e princípios na Constituição chamada bíblia, que é referencial de Amor, Perdão e Justiça. É Preciso que cada membro de uma igreja tenha consciência de que direito tem quem direito anda. Uma igreja jamais poderá penalizar um dos seus membros sem conscientizá-lo dos seus deveres, responsabilidades e compromissos espirituais como um discípulo de Jesus Cristo. O Dr. Russell Shedd traz em seu livro “disciplina na igreja” uma profunda orientação mostrando a realidade de que a igreja vem sendo uma instituição séria e comprometida com os princípios e valores éticos, morais em que Jesus Cristo ensinou e viveu na prática, com isso, trouxe a sua igreja uma forma justa e corretiva de ratar seus filhos, buscando gerar neles um caráter exemplar. A disciplina decorrida pelo Dr. Russell Shedd, mostra que a objetividade da disciplina não é vingativa, mas, exortativa, corretiva com propósito de combater o pecado na igreja, reconciliar o membro em falta e não permitir que a igreja seja corrompida e indiferente com os erros. A Igreja, por sua própria natureza e finalidade, deve ser um lugar por excelência da ética e da moralidade, para isso, a jurisdição espiritual da igreja precisa ser efetuada sem preconceito e com muita sabedoria, visando gerar diante de Deus e da sociedade uma igreja exemplar. A igreja é a única instituição que ainda preserva valores éticos e morais em tanto relativismo disseminado pela sociedade, que já não tem mais o controle desses valores entre o certo e o errado. A disciplina tem valor didático, pois pretende corrigir e trazer responsabilidade para os que não querem ter compromisso com os valores que a igreja ensina e defende. Sem disciplina não há uma formação completa da pessoa. A nossa sociedade é individualista, avessa a normas e leis, pois se corromperam e instucionalizaram o “É proibido proibir” a uma “liberdade” de fazer o que quiser sem restrição a qualquer disciplina, pois os órgãos institucionais foram corrompidos por não se preservarem, por ter disciplina e optarem pela impunidade. A disciplina aplicada na igreja justamente, não gera gente deprimida e reprimida, mas, gente com uma personalidade saudável para se relacionar de uma forma justa com seu próximo e viver socialmente consciente de seus limites e erros que precisam ser observados. Portanto, é preciso urgentemente resgatar a disciplina como forma de doutrina, de tratamento de caráter, visando restaurar quem errou e manter em temor a igreja em sua conduta diante da sociedade. É preciso ter consciência de que quando a disciplina não é exercida com responsabilidade e autoridade gera corrupção, desrespeita a soberana vontade de Deus, criam-se raízes de rebeldia e indisciplina e enfraquece a vida espiritual da igreja. É preciso que a disciplina seja vista como parceira, aliada, amiga e não como inimiga da verdade, como dizia John Stott, “A verdade torna-se dura, se não vier suavizada pelo amor; O amor tornar-se mole, se não vier fortalecida pela verdade” a disciplina só terá resultado quando vier com verdade e amor para corrigir nossas falhas e nos levar a ser o que Deus quer que sejamos.

(Fonte Blog do Autor: http://enquantohaestudos.blogspot.com/search?updated-min=2009-01-01T00%3A00%3A00-08%3A00&updated-max=2010-01-01T00%3A00%3A00-08%3A00&max-results=28)

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