terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Reflexão do Rev. Eraldo Gueiros sobre Henry Martyn - Professor de Evangelismo e Missões


“O Espírito de Cristo é o espírito de missões, e quanto mais nos aproximamos dele, mais dedicados nos tornamos como missionários”
Henry Martyn


Por Rev. Eraldo Gueiros 
(Especialista em Missões urbanas e Trsnculturais. Professor das disciplinas de Evangelismo, Discipulado e Missões do Cet Recife)


            A primeira vez que li essa frase do livro do pastor Henry, fiquei por alguns instantes preocupado com o meu relacionamento com Deus. Missões é um imperativo de Deus, mas ele não nasce do desejo humano. Uma vez transformados pelo Espírito Santo, esse chamado e responsabilidade brota em nosso coração, mas ainda assim, não conseguimos amar plenamente a obra missionária. Somente quando estamos buscando intensamente ao Senhor  é que esse ardor naturalmente se inflama dentro de nós.
          Tenho visto muitas pessoas dizendo amar missões respaldadas nas atividades que realizam na igreja. Avaliar nosso amor por missões desta forma é um perigo. John Blanchard disse certa vez com muita propriedade: “A grande necessidade da igreja é ter um espírito de evangelização, não um esforço evangelistico temporário”. Promover atividades missionárias é bom, mas é insuficiente para atestar um comprometimento. Quando penso em amor missionário lembro das palavras de Paulo: “Eu de muito boa vontade gastarei, e me deixarei gastar pelas vossas almas,...” 2 Co.12:15. Quem ama missões, se gasta por missões!
           Pense e responda: Quando não está na igreja ou a frente de uma atividade, como age diante dos perdidos? Quando estamos desfrutando de uma real e íntima comunhão com Cristo, não conseguimos ficar sem falar d’Ele. Qualquer oportunidade é aproveitada para falar do amor de Deus a quem precisa e não O conhece.
          Quando ministrava missiologia urbana em uma das turmas de teologia do CET aqui em Recife, vi muitos alunos absorverem essa visão. Eu lhes dizia que qualquer coisa a nossa frente pode ser um instrumento de comunicação para anunciarmos a Palavra de Deus de forma aplicável na vida das pessoas. Quando os desafiei a irem às ruas sem Bíblia, eles voltaram dessa simples experiência maravilhados. Gosto de lembrar de dois exemplos:
Um deles compartilhou que quando entregou o Vale Transporte ao cobrador do Ônibus, segurou o passe e perguntou: Sem esse passe, posso passar na roleta? O cobrador respondeu que não. Então ele completou: E você já tem o passe que vai lhe permitir entrar no céu? 
Outro entrou numa clínica aonde havia clientes a espera lendo o folder da clínica. Nele havia uma foto de uma criança descansando nos braços do pai. Ele falou com a pessoa do lado: Que linda foto não é? A pessoa respondeu: É linda, pena que essa fase passa. Então ele completou: Essa fase nunca passa, é a agente que não procura. Deus continua sempre de braços abertos para quem deseja descansar n’Ele!
           Tenho insistentemente ensinado em minha igreja que o problema a evangelização nunca foi o conteúdo. Não há nada mais simples do evangelho que sendo dito na unção do Espírito não produza grandes frutos! O problema da evangelização não se tornar um estilo de vida, está no nosso relacionamento com Deus. Melhore sua comunhão com Cristo e você vai melhorar seu amor e desempenho por Missões!
Uma boa semana de evangelização!

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